Da Redação
18/06/2020 às 13h16min
- Foto: Foto Divulgação
Dados de uma pesquisa feita pelo projeto Covid-19 Analytics, em parceria pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas), mostra que pelo menos sete estados do país, apresentam uma retração no percentual de contaminação na pandemia do novo coronavírus.
Para chegar a esse número, os pesquisadores consideram o Rt, que mede a taxa de retransmissão do vírus. Quando ela está abaixo de 1, significa que a média de pessoas contaminadas por um infectado está abaixo de uma, o que indica uma redução no ritmo da epidemia.
Os Sete estados que apresentaram essa taxa,
foram: Acre, Amazonas, Maranhão, Pará, Pernambuco, Roraima e Tocantins. Além
deles, o Rio de Janeiro também ficou próximo desse índice e vinha apresentando
percentual abaixo de um nos dias anteriores.
O estado de Pernambuco, está com mais de 19
dias com rt abaixo de 1, o que chama atenção, pois é o maior período registrado
até o momento. Já Sergipe tem o maior índice: 1,98.
O menor índice de retransmissão está no
Amazonas, que registra 0,9 e vem registrando números cada vez mais reduzidos de
casos, especialmente em Manaus.
O pesquisador da Universidade da Califórnia e
do Núcleo de Análise Estatística de Dados da PUC-Rio, Gabriel Vasconcelos, diz
que os dados deixam claro que nos sete estados
com Rt abaixo de um há tendência de diminuição dos casos ativos e que em alguns
lugares, como Amazonas e Pernambuco, os novos casos já perderam força há
algumas semanas. Porém, Rio de Janeiro e Pará ainda não tivera.
Ainda segundo o pesquisador, os dados revelam
que o país ainda não passou pela pior fase em termos de contaminação.
"Parece que, para o Brasil como um todo,
ainda não estamos no pico de casos. O lado bom é que a taxa de mortalidade vem
caindo. Já foi 7% e agora é 4,9%, e a tendência é de queda", disse.
Um comportamento que chama a atenção do
pesquisador é a variação entre áreas mais pobres e ricas do país —e só agora
elas atingem patamares parecidos. "Os lugares mais ricos foram os
primeiros a sentir a epidemia. Ela avançou devagar para o interior, e isso pode
ter ajudado a não afogar os hospitais das capitais tanto quanto se a doença
tivesse chega.
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