Um homem foi preso em flagrante na madrugada desta quarta-feira, 7, suspeito de estuprar e engravidar a filha de 12 anos. O caso ocorreu em um abrigo para indígenas venezuelanos em Manaus.
Segundo informações da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em março deste ano, uma funcionária do abrigo, que não quis se identificar, e a adolescente foram buscar ajuda. A vítima estava na 20° semana de gestação quando realizou o aborto previsto em lei.
”No início, a menina venezuelana disse que teria sido abusada por um homem brasileiro, mas não sabia identificá-lo. Foi solicitado o aborto e o responsável dela autorizou. A menina só contou que tinha sido violentada pelo pai quando ficou sozinha com uma assistente de saúde depois de ter concluído o aborto”, conta a delegada.
Para a funcionária, a adolescente afirmou que o pai a estuprou cerca de cinco vezes dentro do abrigo em meados de outubro de 2020. A menina disse que a madrasta estaria viajando quando ela foi abusada - informação que consta realmente em um livro de ata do abrigo. A vítima contou que o pai a ameaçou de morte caso ela contasse sobre os abusos.
A menina, ao ouvir o nome do pai, sempre ficava assustada. A equipe do abrigo disse que não tem certeza se o homem é realmente o pai biológico da adolescente, pois, quando a família chegou ao Amazonas, o suspeito foi até a sede da Polícia Federal e se apresentou como pai da vítima sem nenhuma documentação.
Ao saber da gestação da filha e que ela estava hospitalizada, o homem não deu importância ou demonstrou qualquer preocupação com a adolescente.
O homem foi preso em cumprimento de mandado de prisão dentro do abrigo pela Polícia Civil e levado para a sede da Depca, onde ficará à disposição da Justiça. A menina foi encaminhada para abrigo no Serviço de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes (Saica).
Com informações da assessoria