Nesta segunda-feira, 5, um grupo de homens armados atacou a prisão correcional na cidade de Owerri, no sudeste da Nigéria, e liberou mais de 1,5 mil presos, segundo informou o diário nigeriano The Punch.
O estado de Imo está localizado na antiga região separatista de Biafra, onde o movimento do Povo Indígena de Biafra (IPOB) mantém sua ambição separatista.
Os integrantes do grupo operaram de 1h00 às 3h00 da madrugada (22h00 e 00h no horário de Brasília). Antes da invasão, os homens cantaram canções de solidariedade durante 30 minutos perto do Palácio do Governo, conforme relatou a mídia.
"Homens armados não identificados atacaram a prisão de Owerri por volta das 2h15 da madrugada desta segunda-feira, 5 de abril (...) e libertaram 1.844 detidos", disse Francis Enoborre, porta-voz dos serviços penitenciários, especificando que explosivos foram usados na ação.
Os desconhecidos abriram todas as celas da prisão correcional de Owerri e pediram aos prisioneiros para seguirem para casa.
"Testemunhas dizem que viram um número significativo de homens armados a bordo de caminhonetes (...) Eles imediatamente atacaram os funcionários da prisão antes de explodir o portão principal", acrescenta o comunicado.
Durante o ataque, também dispararam e arrasaram a sede do Comando da Polícia do Estado de Imo, sendo Owerri a capital deste estado. O grupo queimou instalações do quartel e a maior parte dos veículos que se encontravam estacionados.
O ataque foi confirmado por Orlando Ikeokwu, porta-voz da polícia local. Acredita-se que fuzis AK-47 e dinamite, entre outros explosivos, foram usados durante a invasão. Estima-se que as ações duraram cerca de três horas.
Fontes oficiais citados pelo jornal "The Cable" suspeitam que a ação foi obra de membros de um movimento independente conhecido como Povo Indígena do Biafra (IPOB, na sigla em inglês). O número total de prisioneiros libertados ainda não foi confirmado.